A constatação do que todos já sabiam
Cientistas na Alemanha descobriram que os pianistas têm cérebros mais eficientes. Um grupo liderado pelo Dr. Timo Krings pediram a pianistas e não-músicos do mesmo sexo e escalão etário que executassem uma sequência complexa de movimentos de dedos.
Os seus cérebros foram analisados usando uma técnica chamada "ressonância magnética funcional" que detecta a actividade ao nível das células cerebrais, medindo as alterações da corrente sanguínea.
Os não-músicos foram capazes de executar os movimentos pedidos tão correctamente como os pianistas, mas a quantidade de actividade cerebral em áreas que controlam os movimentos foi diferente.
Os pianistas executaram os movimentos correctos mas com menos activação cerebral.
Assim, comparando com os não-músicos, os cérebros dos pianistas são mais eficientes na execução de movimentos hábeis.
Estas conclusões mostram que o treino musical pode desenvolver a função cerebral.
[fonte: Neuroscience Letters, 2000, 278, 189-198]
6 comentários:
Ah, ah, ah... Tenho conhecimento deste tipo de estudos e, de forma alguma, questiono os seus resultados, pois são lógicos. Só acho piada é ao pormenor dos "pianistas" :)
Será que o treino musical dos violinistas também lhes desenvolve a função cerebral?!
provavelmente sim, mas obviamente que desenvolve MUITO menos do que os pianistas ! hehehe
Brilhante!! Ainda mais quando mostrar isto aos meus irmãos não-músicos! Já lhes tenho dito: é no meio que está a virtude...
Por acaso já tinha abordado este assunto na disciplina de neurofisiologia. O que acontece é que na porção do córtex cerebral destinada à parte motora dos membros superiores (braço, ante-braço, punho e mão), há um maior desenvolvimento dos neurónios em quem os usa mais. Como os pianistas usam ambas as mãos com maior frequência, é natural que os neurónios se desenvolvam e organizem de forma a exercer melhor essa função (mais eficientes), visto que é no cérebro que se origina o movimento físico de qualquer parte do corpo, neste caso, do membro superior.
Compreendido Sra. Dra ! hehehe
(obrigado)
Futura Sra. Dra. Mestre ;)
De nada! Se quiserem saber mais, acho que o livro que usei para estudar isso nem tá muito mauzinho para se ler - tem muita coisa científica, mas se estiverem mesmo interessados acho que não se perdem. Chama-se "Neurofisiologia Sem Lágrimas" (título sugestivo :) de William A. MacKay, editado pela Fundação Calouste Gulbenkian - agora até tem uma edição maior do que a que comprei há uns anos.
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